
A pergunta moscas têm sangue desperta curiosidade entre estudantes. Moscas parecem simples, mas possuem um sistema interno altamente adaptado para garantir movimento rápido, alimentação eficiente e sobrevivência em diversos ambientes.
Para entender essa questão, precisamos conhecer como funciona o sistema circulatório dos insetos e de que forma seus órgãos recebem nutrientes.
Sim, moscas têm um fluido interno, mas ele não é igual ao sangue humano. Em vez de sangue vermelho, elas possuem hemolinfa, um líquido que desempenha algumas funções semelhantes às do nosso sangue, como transportar nutrientes e auxiliar na defesa do organismo.
Porém, a hemolinfa não transporta oxigênio, pois os insetos usam outro sistema para respirar. Assim, quando falamos em “sangue” de mosca, estamos nos referindo à hemolinfa, que não tem cor vermelha e não contém hemoglobina.
O sistema circulatório das moscas é aberto, ao contrário do sistema fechado dos vertebrados. Em nosso corpo, o sangue circula por veias e artérias; nas moscas, a hemolinfa circula livremente por cavidades internas, banhando diretamente os órgãos.
Esse tipo de sistema é eficiente porque os insetos são pequenos, têm metabolismo rápido e não dependem da hemolinfa para transportar oxigênio.
Na parte superior do corpo existe o vaso dorsal, uma estrutura semelhante a um coração tubular que bombeia a hemolinfa para diferentes regiões. Embora simples, ele mantém o fluido em constante movimento.
A hemolinfa costuma ser transparente, esbranquiçada ou levemente amarelada. Ela distribui nutrientes, ajuda a eliminar resíduos, contribui para a defesa do organismo e mantém a pressão interna do corpo da mosca.
Por não possuir hemoglobina, esse fluido não fica vermelho, por isso, quando uma mosca é esmagada, não vemos sangue como o nosso.
Uma das principais razões para as moscas não precisarem de sangue como o nosso é o sistema respiratório. Os insetos respiram por meio de espiráculos, pequenos orifícios nas laterais do corpo conectados a tubos internos chamados traqueias.
O ar entra diretamente nessas estruturas e chega às células sem precisar passar pelo sistema circulatório. Isso torna o corpo da mosca extremamente eficiente e rápido.
As moscas possuem um “coração” simples, localizado no abdômen. Ele funciona como um tubo que se contrai ritmicamente, puxando e empurrando a hemolinfa pelo corpo. Embora rudimentar comparado ao coração humano, é suficiente para manter o organismo funcionando.
Quando uma mosca sofre um dano, o líquido liberado é a hemolinfa. Como o sistema é aberto, a perda desse fluido pode ser fatal, pois ele é essencial para manter o equilíbrio interno.
A hemolinfa contém hemócitos, células que ajudam a combater micro-organismos e cicatrizar pequenos ferimentos, o que contribui para a resistência dos insetos.
Nos vertebrados, o sangue transporta oxigênio, nutrientes e participa da defesa imunológica, enquanto circula por um sistema fechado com um coração complexo. Nas moscas, a hemolinfa não transporta oxigênio, circula livremente e a respiração é totalmente independente do sistema circulatório.
Essas diferenças mostram como cada grupo animal evoluiu de acordo com suas necessidades biológicas.
Mesmo pequenas, as moscas são importantes para o equilíbrio ambiental. Elas ajudam a decompor matéria orgânica, servem de alimento para vários animais e participam da polinização em algumas espécies. Seu sistema interno simples e eficiente explica por que conseguem sobreviver em ambientes tão diversos.
Estudar se moscas têm sangue ajuda os alunos a compreenderem a diversidade biológica, os diferentes tipos de sistemas circulatórios e a evolução dos seres vivos. Esse conhecimento desenvolve pensamento científico, amplia a curiosidade e enriquece as aulas de Ciências e Biologia.
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